Institut Pasteur de São Paulo

Pesquisadores do IPSP representaram o Brasil em conferência na França sobre circulação global de dados de saúde

Pesquisadores do IPSP representaram o Brasil em conferência na França sobre circulação global de dados de saúde


 

Evento reuniu especialistas em direito, saúde e inteligência artificial para discutir os avanços e desafios no compartilhamento seguro de dados de saúde, explorando como essa troca pode beneficiar a medicina e a saúde pública, protegendo a privacidade dos indivíduos em contextos globais.

Patrícia Beltrão Braga e Helder Nakaya, pesquisadores do Institut Pasteur de São Paulo, estiverem presentes na Universidade Jean Moulin Lyon 3, na França, onde representaram o Brasil em uma importante conferência sobre circulação global de dados de saúde. O evento, realizado em 6/11, reuniu profissionais de diferentes áreas — direito, inteligência artificial, saúde e matemática — para discutir os avanços e desafios do compartilhamento seguro de dados de saúde entre países.

Trata-se de um projeto realizado no âmbito do Programa USP-COFECUB, uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP) e o Comité Français d’Évaluation de la Coopération Universitaire avec le Brésil (COFECUB).

Patrícia Beltrão Braga, que também atua como professora no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, é líder do projeto pelo lado brasileiro. Ela esteve acompanhada por seu aluno Fernando Ribeiro Tocantins Melo. Helder Nakaya, que também é professor na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, participou do evento por videoconferência. Do lado da França, o líder do projeto é Ludovic Pailler, professor de direito privado e ciências criminais da universidade francesa.

No evento, foram abordados temas como as vantagens e riscos de compartilhar dados, incluindo a proteção de dados pessoais e os desafios da anonimização, que nem sempre garantem a privacidade completa. Discutiu-se como o compartilhamento poderia acelerar avanços na medicina e saúde pública, especialmente em crises globais como a pandemia de Covid-19, mas também os riscos, como o uso indevido por seguradoras.

O projeto busca entender como a circulação de dados poderia ser organizada de forma a beneficiar o avanço da medicina, mantendo a segurança e privacidade dos indivíduos, com ênfase nos desafios e limitações das plataformas existentes e nos riscos de exposição a perfis pessoais de saúde.