Institut Pasteur de São Paulo

Instituto Pasteur tem força tarefa para enfrentar o SARS-CoV-2

Instituto Pasteur tem força tarefa para enfrentar o SARS-CoV-2


 

Trabalho envolve o esforço de 23 mil pessoas da Rede Internacional do Instituto Pasteur, hoje composta por 32 centros de pesquisa – um deles a SPPU, de São Paulo.

14 de abril de 2020 – A Rede Internacional do Instituto Pasteur (RIIP), composta por 32 centros de pesquisa espalhados pelo mundo, está trabalhando arduamente para encontrar soluções que ajudem a superar de forma rápida a pandemia da COVID-19 causada pelo vírus SARS-CoV-2. No último dia 7, o presidente do Instituto Pasteur, da França, Stewart Cole, fez um pronunciamento destacando o que vem sendo feito nas diversas regiões onde estão instalados os centros de pesquisa da RIIP, em uma força tarefa contra o SARS-CoV-2.

Segundo Cole, essa força tarefa envolve cerca de 23 mil pessoas, de todos os centros de pesquisa Pasteur. Isso inclui 13 centros de pesquisa referências em doenças respiratórias. “Temos uma enorme expertise para combater a COVID-19”, destacou ele, acrescentando que a “superação desta pandemia exige equipe de trabalho, transparência e solidariedade internacional”.

Cole citou os testes que vêm sendo desenvolvidos para triagem sorológica de alto rendimento, uma ferramenta que será usada para criar um plano de desconfinamento na França. Este trabalho está sendo liderado pelo diretor do Departamento de Saúde Global do Instituto Pasteur, na França, Arnaud Fontanet.

Também lembrou que o primeiro diagnóstico da rede veio da Universidade de Hong Kong – Pasteur, e que foi amplamente entre os membros da rede; que o Instituto Pasteur, de Shangai, foi o primeiro do mundo a modelar em 3D a estrutura do novo coronavírus; e o da Coreia, responsável por identificar duas moléculas (já aprovadas pelo FDA) que poderão ser usadas no tratamento da COVID-19. “As pesquisas da Coreia já estão progredindo para testes clínicos”, disse.

Da África, de Dakar, ele citou o desenvolvimento de kits de testes, além do treinamento que vem sendo feito para outros países africanos na realização de testes. Da América Latina, destacou os estudos imunológicos e clínicos que avançam rapidamente na Plataforma Pasteur-USP, em São Paulo.

Da Europa, citou os centros de pesquisa da Bulgária e Itália no trabalho de epigenética e imunologia com o uso de ratos “humanizados” (animais manipulados para serem suscetíveis a doenças humanas). E de Lille, na França, a triagem de moléculas para o tratamento da COVID-19.

Em seu pronunciamento, ele destacou também o suporte do Instituto Pasteur, de Paris, para o centro de pesquisa do Irã – país que está em uma situação particularmente crítica. O Irã é o 8º país em número de casos do mundo. “Quero reforçar nosso comprometimento de compartilhar informação e conhecimento para a superação dessa epidemia.”

Clique aqui e veja  o pronunciamento (em inglês, com tradução para o francês) do presidente do Instituto Pasteur.