Ela recebeu a Medalha de Honra do Ministério das Relações Exteriores da França por seu trabalho em prol da comunidade francesa do Brasil no combate à pandemia da Covid-19.
10 de dezembro de 2021 – Nesta quinta-feira, 9/12, às 13 horas, a coordenadora da Plataforma Científica Pasteur-USP (SPPU, na sigla em inglês), Paola Minoprio, foi agraciada com a Medalha de Honra do Ministério das Relações Exteriores da França, em razão de seu trabalho em prol da comunidade francesa no combate à pandemia da Covid-19. A cerimônia, com restrição de convidados em função das normas sanitárias francesas contra a Covid-19, foi realizada durante almoço na Residência da França, casa do Cônsul Francês em São Paulo. Ela recebeu a “Medalha de honra das Epidemias”, uma distinção para recompensar pessoas que se destacaram particularmente por sua dedicação durante doenças epidêmicas.
Trata-se da segunda honraria que ela recebe do governo francês em dois anos. Minoprio de naturalidade brasileira, tem dupla nacionalidade e trabalha por mais de três décadas como pesquisadora no Instituto Pasteur em Paris. Em janeiro de 2020, se tornou Cavaleira da Ordem Nacional da Legião de Honra Francesa, honra máxima no país, que é concedida pelo presidente da República aos civis ou aos militares que tenham prestado serviços eminentes à nação.
Esta última honraria foi concedida após indicação da Embaixada da França, em Brasília. Desde o início da pandemia, Minoprio trabalhou intensamente para diminuir o impacto da pandemia sobre a comunidade francesa no Brasil, além de suas atividades na SPPU. Foi responsável por realizar testagens e dar orientação sobre viagens aos funcionários do consulado; prestou assistência aos pacientes infectados da comunidade francesa; e auxiliou empresas na implantação de medidas de prevenção. Minoprio teve também um papel fundamental na divulgação científica à comunidade francesa e aos funcionários de empresas francesas no Estado de São Paulo, ao realizar lives para informar sobre a doença e sua evolução, vacinação, medidas preventivas, etc.
A premiação deveria ter acontecido ainda em 2020, mas foi consecutivamente adiada em função da pandemia. Em seu discurso, a homenageada fez questão de ressaltar que essa não é uma conquista individual. “Essa medalha não representa um merecimento pessoal, mas sim de toda a força-tarefa da SPPU que trabalhou incessantemente desde o fechamento da USP em Março de 2020 até agora. Sem nossos estudantes, pós-docs e técnicos, não teríamos tido sucesso com o trabalho de diagnóstico, acompanhamento de pessoal e divulgação.”
A coordenadora da SPPU ainda destacou a importância do prêmio para a instituição. “Fiquei muito contente e honrada em ter sido uma das três pessoas selecionadas para a medalha aqui no Brasil. E também muito satisfeita porque sei do peso dessa medalha para nós. É um sinal que nosso atuação está indo muito bem e isso, logicamente, fortalece nossa relação com nossos parceiros, o Instituto Pasteur, na França, e o Estado Francês.”